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Biografia dos Tsadikim

A humildade de Baal Shem Tov

   Em uma época em que os judeus da Europa tinham passado por várias perseguições e massacres brutais (o que ocasionou uma situação de precariedade polítca e econômica em um estado de “coma espiritual”), o Eterno envia  a alma sagrada do Rabi Yisrael Ben Eliezer, o Baal Shem Tov.

   Desde pequeno o Baal Shem Tov já despertava seu grande amor pela Torá.  Somente ao ouvir alguém estudando-a, sua face brilhava de felicidade. Ao aprender o Alef-Beit com seu pai, o Rabi Eliezer, ou ao ver sua mãe fazendo tzedacá (atos de caridade) seus olhos brilhavam como dois diamantes.                 

   

   O Pequeno Yisrael cresceu aos cuidados da comunidade de Okup, pequena aldeia na Ucrânia, lugar onde morava, pois perdera seus pais após seus três anos de via. Aos passos que crescia, o seu amor pela torá, pela observância e cumprimento das mitsvot, pelo povo judeu e principalmente pelo Eterno só aumentava. Seu progresso no Chumash e na Guemará foi de grande espanto para todos com os quais convivia.        

   Aos 14 anos de idade tornou-se membro dos tsadikim nistarim (sociedade secreta dos justos) onde cumpriam a missão de guiar o povo judeu, através de sinceras orações e do amor por cada judeu despertado em atos de caridade.                                                                          

   Passado alguns anos após se aprofundar no estudo da Cabalá (interpretação mística da Torá) e cumprir com êxito suas funções no grupo dos tsadikim nistarim, ao invés de se tornar um grande líder de Yeshivá, o Baal Shem Tov com toda a sua humildade, preferiu exercer o simples papel de assistente de um professor.

   Todos os dias ele buscava as crianças em suas casas, ajudava-as nas rezas da manhã , levava-as ao chêder e ensinava-lhes o Alef-Beit. Depois as trazia de volta, dando suporte também nas orações da noite. O cuidado e o carinho que emanava de toda a sua alma por aquelas crianças eram tão fortes que serviam de alento para os corações aflitos do povo judeu.                                                  

   Após um certo tempo, os nistarim elegeram o Baal Shem Tov como líder. Para que pudesse cumprir seu papel discretamente, Yisrael tornou-se Shamash.  Todos os dias ele ajudava os sábios que vinham para fazer suas rezas e estudar a Torá, levando-lhes água e comida quando precisavam. Com medo de perceberem que era mais instruído que eles e que sendo assim não permitiriam que ele não mais o servissem, o Baal Shem Tov, por amor ao seu trabalho, decidiu que enquanto os sábios voltavam após o serviço de maariv, ele iria dormir e enquanto os sábios dormiam ele se dedicava intensamente ao estudo da Torá e buscava conexão com o Eterno sem se preocupar com as coisas terrenas.                        

Aos 36 anos lhe é revelado que sua missão nesse mundo era reavivar o povo judeu e instilar-lhes um espírito renovado. No ínicio relutou, pois queria viver uma vida simples ao lado da sua mulher, se dedicando no serviço ao Eterno, mas lhe foi recusado pois foi dito que esse era seu único propósito nessa existência.  

   O Baal Shem Tov trouxe um novo modo de vida ao povo judeu, ele ensinou que o estudo da Torá e o cumprimento das mitsvot são de suma importância para nossas vidas, mas que deve sempre ser feito com kavaná (intenção do coração) e complementado pelo amor a cada irmão judeu, amor pela humanidade, pela Torá e principalmente amor e temor ao Eterno.  Seu modo de vida e seus ensinamentos nos foram e nos são transmitidos até os dias de hoje através de um movimento conhecido por chassidut.

 

 

Rabi Iehoshua ben Levi

 

    Rabi Iehoshua ben Levi é um de nossos grandes sábios. Ele é o único dentre os sábios sobre quem se diz que a alma nunca deixou seu corpo, e que ele entrou no Paraíso vivo, tal como o profeta Eliyahu.

Embora ele fosse um Amorá (sábio do período pós-mishnáico), ele mereceu ser citado no Pirkei Avot, e no final do tratado Uktsin, no final do ensinamento da Mishná.

    Ele era um levita, como se torna claro a partir de sua declaração: “Eu jamais recitei a benção sobre a Torah antes de um cohen e nem depois de um yisrael” (Talmud Ierushalmi, Brachot, 5:4).

    Ele era um homem rico e compartilhava sua riqueza generosamente. Foi o líder de sua geração, devotado ao seu rebanho e sempre envolvido nos assuntos comunais (Cohelet Rabá 7:7). Ele frequentemente atuava como defensor da comunidade judaica perante o governo romano. Quando veio diante do imperador com seu colega, Rabi Chanina, o monarca se levantou em honra a eles, o que levou os assistentes a perguntarem: “Vossa Majestade se levanta para estes judeus?” E o imperador respondeu, “Eu vejo [sobre eles] as faces dos anjos” (Talmud Ierushalmi, Brachot 5:1). Ele repreendia seu envolvimento com estes esforços comunitários associando-o à inabilidade de se lembrar de vários ensinamentos de seu mestre, Rabi Yehudá ben Pediya (Cohelet Raba, ibid.; Tanchuma, Vaierá, 5). Ele também era conhecido por desconsiderar sua própria segurança e se aproximar dos doentes contagiosos para lhes ensinar Torah.

    Rabi Iehoshua frequentemente recebia visitas do profeta Eliyahu. Certa vez, Rabi Iehoshua perguntou a Eliyahu: “Quando Mashiach virá?” “Vá e pergunte diretamente a ele”, Eliyahu respondeu, direcionando Rabi Iehoshua à entrada de Roma. Eliyahu disse que Mashiach estava sentado entre os pobres leprosos, mas que poderia ser identificado pelo fato de que todos eles tiravam as bandagens de todas suas feridas de uma só vez e as recolocavam também de uma só vez, enquanto Mashiach tirava e recolocava a bandagem de uma ferida de cada vez, só depois fazia o curativo da ferida seguinte. Ele agia assim, pensando: “Se for o momento de eu me revelar, não posso me atrasar.”

    Então, Rabi Iehoshua foi até Mashiach e perguntou: “Quando o senhor virá, Mestre?” “Hoje!”, Mashiach respondeu. Quando ele voltou para Eliyahu, este lhe perguntou, “O que ele disse a você?” “Ele mentiu para mim”, disse Rabi Iehoshua, “afirmando que viria hoje, mas isso não é verdade.” Eliyahu lhe respondeu, “Isto foi o que ele quis dizer, ‘Hoje – se você ouvir atentamente a voz de D’us’” (San’hedrin 98a).

Já que ele refinou e santificou por completo o seu corpo e porque ele arriscou sua vida para ensinar Torah até mesmo àqueles que sofriam de doenças fatais e contagiosas, ele mereceu entrar vivo no Paraíso.

Além disso, nenhum arco-celeste apareceu no céu durante sua vida. O arco-celeste é um lembrete da promessa de D’us de não destruir o mundo, mesmo diante dos pecados do ser humano. Rabi Iehoshua, através de seus esforços em ensinar Torah a todos, mesmo àqueles sofrendo de doenças – físicas ou espirituais –, refinou tanto sua geração a ponto de nenhum arco-celeste ser necessário na sua época (Ketubot 77b, conforme explicado em Likutei Sichot, vol.4, p.1239).

    Foi Rabi Iehoshua quem disse: se o povo judeu merecer, D’us trará Mashiach antes da época determinada. Se eles não merecerem, Mashiach virá na época determinada. Se eles merecerem, Mashiach virá sobre uma nuvem. Se eles não merecerem, ele virá como um pobre montado em um burro (San’hedrin 98a)

 

 

 

Rabi Meir

 

    Rabi Meir foi um homem de grande bondade e autossacrifício. Certa vez, uma mulher chegou tarde à casa porque estava assistindo uma preleção de Rabi Meir. Seu marido se recusou a deixá-la entrar até ela “cuspir na cara daquele professor”! As amigas da esposa foram com ela até Rabi Meir para lhe perguntar o que fazer. Rabi Meir soube institivamente, por inspiração Divina, o que havia ocorrido e imediatamente lhes disse: “Eu tenho uma doença no meu olho – alguma de vocês sabe como curá-la por meio de um encantamento?” As amigas da mulher lhe disseram que era sua chance de cuspir no olho de Rabi Meir. Quando ela hesitou, falando que não sabia como curar o olho por meio de um encantamento, Rabi Meir disse: “Cuspa no meu olho sete vezes e eu ficarei curado!” Ela assim o fez e pôde, então, voltar para sua casa.

Os alunos de Rabi Meir ficaram surpresos por ele ter permitido ser assim tão humilhado. Ele lhes disse: “A honra de Meir não deve ser como a de seu Criador? Se D’us ordenou que Seu Sagrado Nome escrito em santidade fosse apagado para trazer a paz entre o homem e sua esposa (por meio da fórmula dada à Sotá, ver Números 5:23), com certeza a honra de Rabi Meir pode ser ignorada para fazer o mesmo” (Talmud Ierushalmi, Sotá 1:4, e outros).

Rabi Meir era famoso por sua extraordinária sagacidade: “Todo aquele que testemunhou Rabi Meir na casa de estudos viu alguém que moveu montanhas e arremessou-as umas contra as outras” (San’hedrin 24a).

Rabi Acha bar Chanina disse: “Está claro para D’us que não há ninguém igual a Rabi Meir em sua geração. No entanto, a lei não foi estabelecida de acordo com ele porque seus colegas não eram capazes de compreender por completo a profundidade de sua mente.” Seu verdadeiro nome era “Nehorai”, mas ele era chamado de “Meir” (“brilhante), porque ele “iluminava” os olhos dos Sábios em Lei Judaica.

Rabi Yehudá HaNassi disse: “Sou mais sagaz que meus colegas porque quando eu frequentava as aulas de Rabi Meir, eu conseguia ver suas costas – meu lugar ficava situado na fileira imediatamente atrás dele. Tivesse eu visto a sua face, eu seria ainda mais perspicaz” (Eruvin 13b).

Ele era um excelente escriba (Eruvin 13a) e, em uma determinada ocasião, quando se encontrava em um lugar onde não havia textos escritos das Escrituras disponíveis, ele transcreveu o Livro de Ester inteiro de memória (Meguilá 18b).

Tragicamente, dois dos filhos de Rabi Meir faleceram enquanto ele era vivo. Sua esposa, a famosa sábia Bruria, deu a notícia a ele de uma forma prudente e reconfortante, o que acalmou sua alma. Depois de chorar por eles, Rabi Meir disse, “D’us concedeu, D’us tirou – abençoado seja o Nome de D’us (Jó 1:21)” (Midrash Mishlei 31:10).

As preces de Rabi Meir produziram resultados miraculosos. Ele dizia: “Ó, D’us de Meir, responda-me!”, e era salvo de qualquer perigo. Ele, uma vez, aconselhou o guarda de uma prisão a usar essa fórmula como proteção e ele também foi salvo (ver Avodá Zará 18a-b).

Certa vez, um grupo de bandidos imorais estava atormentando Rabi Meir, que quis rezar para que eles morressem. Mas sua esposa pediu que rezasse para que eles se arrependessem. Ele assim o fez – e eles se arrependeram (Brachot 10a).

Antes de falecer, quando estava na Babilônia, Rabi Meir pediu que, antes que seu caixão fosse levado para ser enterrado na Terra de Israel, ele deveria ser colocado à beira-mar, de modo que o mar tocasse as laterais do caixão. Ele dizia que, como todos os mares são conectados, isso seria como se ele já tivesse sido enterrado na Terra Santa (Talmud Ierushalmi, Kilayim 9:3). 

Rabi Meir foi o último dos “compositores de parábolas” (Sotá 4R)

 

 

 

Marán Habeit Yosef  

 

Rabi Yosef Karo

 

Rabi Yosef Karo (em hebraico וקאר יוסף), ou Marán como viria a ser chamado posteriormente, nasceu em Toledo na Espanha em 1488 (5248 do calendário judaico), dez anos após o início da Inquisição Espanhola. Em 1491 ele já se destaca pelos seus talentos na casa de estudos do Rabi Yaacov Berav, grande erudito da época que futuramente viria a renovar o conceito da Semichá (ordenação rabínica) e do Tribunal Rabínico. Infelizmente, o período de relativa paz na Espanha durou pouco, pois em 1492 foi decretado a expulsão dos judeus ou sua conversão forçada. O fato aconteceu em 9 de Av (Tishá BeAv), dia da destruição do primeiro e do segundo Templo e de tantas outras tragédias sofridas pelo povo judeu. Fugindo da Espanha, a família Karo se refugiou em Lisboa, Portugal.

 A estadia em Portugal também durou pouco, pois em 1496 foi decretada a expulsão dos judeus e mouros, assim como ocorreu na Espanha 8 anos antes. Então Yosef e sua família sofreram novamente com a perseguição religiosa. A expulsão foi a mando de um decreto assinado por D. Manuel I e sua esposa Isabel, da Espanha. Historicamente foi afirmado que D. Manuel I não tinha nenhum problema com a comunidade judaica e até apreciava sua participação na sociedade, porém, no seu contrato de casamento com a princesa Isabel da Espanha, havia uma cláusula explícita acerca da expulsão total dos judeus de Portugal. Dessa forma, a família Karo – Efraim Karo (pai de Yosef) e Yitzchac Karo (tio) – se viu novamente sob a eminência de mais uma longa e perigosa viagem em busca de um lugar seguro para viver e praticar o judaísmo. 

Após a saída de Portugal, se dirigiram ao Cairo onde encontraram outras comunidades judaicas que também tinham fugido da perseguição na península Ibérica. Houve um período de tranquilidade, até que o pai de Yosef falece. Após isso, ele passa a viver com o tio que se tornou Rabino Chefe de Constantinopla, Turquia. Foi então que com o decorrer dos acontecimentos, seu amor pela halachá aumentou e ele compreendeu que sua missão era nessa área. O nome Rabi Yosef Karo se difundiu pelo mundo e ele se tornou referência de estudo de Torá e muitos iam a seu encontro em busca de conselhos, respostas e outras questões. 

Em 1508, aos 20 anos, se muda para Adrianópolis a fim de assumir o papel de Rabino Chefe e também acaba se casando com a filha do Rabi Chaim Elbalag. Infelizmente, sua esposa morre ainda jovem e pouco tempo depois ele se casa novamente, com a filha do Rabi Yitzchac Saba.

Em 1533, em um momento de enfraquecimento do estudo da Torá e sua unidade, quando estava em Nicópolis – atual Bulgária – Rabi Yosef Karo começou a missão de escrever o Beit Yosef, livro máximo de compilação da halachá, a fim de justamente tentar unificar todos os estudos dos grandes sábios sobre os costumes, legislações, tradições e práticas do povo judeu. É uma obra gigantesca que consta as interpretações e fontes de todos os grandes legisladores e principalmente escrita como interpretação ao livro Arbá Turimredigido pelo Rabi Yaacov ben Harosh ( terceiro filho do Rosh).

O Beit Yosef demoraria 20 anos para ser concluído, e em prol desse trabalho Yosef Karo iria sair de Nicópolis e viajar por outras cidades na tentativa de encontrar mais material para o seu livro. Depois de tantas viagens, finalmente ele chega em Israel, na cidade de Tzfat, em 1537 e 17 anos depois, em 1554, nasce seu primeiro filho, o Rabi Shlomo. Pouco tempo depois sua segunda esposa, e mãe do seu filho, também morre.

A primeira edição do Beit Yosef é publicada em Veneza no ano de 1558. Em 1565 ele se casa com a filha do Rabi Zechária, filho de Rabi Shlomo Zablish Ashquenazi. Logo no ano seguinte, seu segundo filho, Rabi Yehudá, nasce.

A vida do Rabi Yosef Karo foi dedicada a realização desse propósito divino: a compilação da Halacha, para que o estudo de muitos judeus não fosse comprometido pelo cenário  caótico da época. 

De uma forma bem sucinta, o Beit Yosef nada mais é que um enorme sumário da maioria das grandes obras haláchicas, citando obras primárias, autores e seus comentários, bem como fontes e codificações, tudo em uma única obra. Na época, alguns se posicionaram contra o Beit Yosef justamente por não entender que ele era mais um livro de consulta para despertar o interesse na literatura primária sobre o assunto. 

Posteriormente veio o Shulchan Aruch, que é a obra acerca das decisões jurídicas finais, ou seja, um resumo mais sintético e claro acerca da halachá, que de acordo com a própria tradução, seria uma “mesa posta” para iniciar depois com o Beit Yosef.

Foi então que Marán Habeit Yosef – Nosso mestre Beit Yosef –, como também era conhecido o Rabi Yosef Karo, morreu numa quinta feira em 5305, no dia 13 de Nissan, um dia antes da véspera de Pessach . Está sepultado no antigo cemitério de Tzfat e a profundidade de suas obras acompanha e auxilia o povo judeu até os dias de hoje.

 

 

 

Chidá

                        Rabi Chaim Yossef David Azulay

No mês de junho de 1724, o dia surgiu repleto de alegria, porém no quarto de Sarah havia tristeza e angústia. Seu pequeno filho, nascido antes da hora, morreu logo após o parto.

Sarah suplicava ao Criador: “Senhor do Universo, quanto tempo esperei por este momento feliz em que me tornaria mãe no povo de Israel. Quantas orações e súplicas derramei diante de Ti, acendendo as velas de Shabat, para que me desses o privilégio de ter um filho justo, que estudasse a Torá!”.

Sua sogra tentou acalmá-la, foi ao quarto do pequeno Yossef e implorou a H’: ,”por favor, D’us, pois Tu és o Todo Poderoso, por favor devolve a alma deste menino ao seu corpo”. E milagrosamente o menino voltou a vida. Sarah muito agradecida ao Eterno, decidiu dedicar a sua vida para que o seu filho Chidá, se tornasse um grande erudito do povo de Israel.

Chidá cresceu em um ambiente repleto de luz e amor pela Torá, onde absorvia os ensinamentos dos grandes sábios do povo judeu, porém a sua alma não se saciava em estudar apenas a Torá revelada e alcançou também os mistérios da Torá oculta - a Cabalá. Contudo, ele não escreveu muitos livros sobre a Cabalá, pois tinha um enorme zelo e receava que o mistério da Torá oculta caísse em mãos erradas.

Ele teve o privilégio de ser um emissário para arrecadar fundos para a comunidade de Chevron e em muitas de suas viagens era revelada cada vez mais o seu amor por D’us.

Certa vez, quando embarcou em um navio com destino a Tunísia, passou por muitos desafios. O capitão do navio era um francês malvado que o atormentava sem qualquer motivo. Proibiu-lhe que utilizasse a água sem a sua permissão, por conta disto o Chidá se privou de comer uma quantidade mínima de pão que não fosse o suficiente para proferir a benção (bircat hamazon), assim, ele não teria que lavar as mãos. Isso nos mostra o quão era o seu compromisso com as mitzvot e que fazia de tudo para não descumpri-las.

O Chidá possuía uma grande personalidade, a maior delas era a sua humildade verdadeira e sincera, uma humildade que emanava do âmago de sua alma. É memorável a oração que ele antes de recitar uma prédica publicamente: “Seja da tua vontade, D’us nosso e de nossos antepassados, o bom D’us que promove o bem, misericordioso e cheio de graça para todos os que a Ele apelam, que se enche de misericórdia para todos os que falam em público de seu povo de Israel, e particularmente por mim – eu, seu pequeno servo (...). E nos salve do mau olhado, pois de Ti vem tudo e Tu governas tudo e na Tua mão se encontra a força e a bravura, e cabe a Ti engrandecer e fortalecer todos e Tua compaixão é verdadeira, por isto eu, pobre e menor do que todas as criaturas, (vim) pedir graça e misericórdia de Ti”.

Que através do mérito de Chidá possamos ter uma conexão mais intensa com o Eterno, que nossas orações possam ser aceitas cada vez mais com excelência e que o TODO PODEROSO possa achar graça em nossas vidas, Amén.

 

° Rabi Moshe Alshich -  Alshich HaKadosh (O Santo)

Nasceu na turquia em 1508 e Faleceu em Tzfat em 1593 .

 

Alshich foi discípulo do rabino Joseph Caro, autor do "Shulkhan Arukh"; e entre seus próprios discípulos estão o rabino cabalista Hayim Vital. Embora o Alshich pertencesse ao círculo de cabalistas que viveu em Safed, suas obras raramente deixam transparecer qualquer traço da Cabala. É considerado um professor, pregador, e casuísta.

 

Pouco se sabe da sua vida. Em suas obras Alshich evita falar de si próprio, dizendo apenas de seu curso de estudo; assim, no prefácio ao seu comentário sobre o Pentateuco, diz:

 

"          Eu nunca pretendi coisas grandiosas ou muito além de mim. Desde os meus primeiros dias, o estudo do Talmude foi a minha principal ocupação, e eu assiduamente segui a yeshivá, onde eu me familiarizei com as discussões de Abaye e Rabá. Durante a noite eu me dediquei à pesquisa e durante o dia a Halachá. Pela manhã lia o Talmude e no período da tarde os Posekim (as decisões legais rabínicas). Somente às sextas-feiras eu encontrava tempo para a leitura das Escrituras e de Midrash, em preparação para minhas palestras sobre a Sidra da semana e temas semelhantes, que eu discursava todos os sábados perante uma grande audiência, ansiosa por ouvir a minha instrução.     "

 

Diz a lenda que seu filho foi sequestrado quando criança e se tornou um muçulmano, e o Arizal fez uma oração especial para o retorno do filho.

 

Suas explicações são todas de caráter homiléticas; seu único objetivo era o de encontrar em cada frase ou em cada palavra das Escrituras, uma lição de moral, um suporte para a confiança em Deus, um incentivo à resistência paciente, e uma prova da vaidade de todos os bens terrenos em comparação com a bem-aventurança eterna a ser adquirida na vida futura. Frequentemente e fervorosamente apela a seus irmãos, exortando-os a se arrependerem e abandonar, ou pelo menos restringir, o exercício de todos os prazeres mundanos, e assim acelerar a aproximação da era messiânica. Alshich possuía um estilo fácil e fluente; suas exposições são principalmente de caráter alegórico, mas muito raramente carregado de misticismo. Em seu comentário sobre o Cântico dos Cânticos, que ele chama de pesha?t (explicação literal) e sod (interpretação mística), os dois extremos opostos, enquanto declara seu próprio método de introdução de exposição alegórica ser o meio seguro entre estes dois extremos.

 

 

 Rabi Chaim ben Attar - Or HaChaim HaKadosh ( O santo )

Nascido em Vendas Marrocos em 1696 morreu em Israel em 1743O rabino Chaim ben Atar, o rabino de Venda passou a maior parte de seu tempo absortos no estudo da Torá, o seu caminho santo da vida ele ganhou o nome de Ohr HaCaim HaKadosh (o santo), e apenas a título temporário envolvida em sua profissão, tecelagem fios de ouro e prata em roupas extravagantes.

 

 Uma vez, o governador de Sali, onde a Ohr HaChaim viveu, foi casar sua filha. Toda a família comprou roupas caras e enviou-os para a Ou hachayim para tecer fios de ouro no material. Ele disse-lhes: "Todo mês eu trabalhar bastante para meu sustento, eo resto do tempo que dedico ao estudo da Torá. Este mês eu já ganhou dinheiro suficiente para o meu sustento. Volte no próximo mês." Eles, então, disse-lhe que o casamento estava ocorrendo já nesse mês. A Ohr Hachaim ainda se recusava o trabalho, e voltou aos seus estudos. Quando a palavra voltamos para o governador sobre a recusa R 'de Chaim para realizar o trabalho para o casamento de sua filha, ele ficou furioso. Ele imediatamente ordenou que os leões em seu pátio de estar encovado e enviou um aviso para R 'Chaim que, se ele não aceitar o emprego em uma vez que ele será lançado na cova do leão. Ele ignorou a advertência e continuou aprendendo. Homens do governador finalmente veio e levou R 'Chaim de sua casa e jogaram na cova do leão. Ele sentou-se no meio dos leões, que formaram um círculo em torno dele, e cantou capítulos de Tehilim com uma voz doce, agradável, como todos os leões assistiu e ouviu. Foi rapidamente informou ao governador que estava acontecendo, e ele veio para ver o milagre incrível com os seus próprios olhos. Assim que ele olhou na cova, ele ordenou que R 'Chaim ser levantada a partir da cova, e implorou ao rabino sagrado para o perdão, suplicando-lhe com presentes. Assim, através do grande rabino do versículo foi cumprida - "E o seu medo e intimidação serão lançados sobre todos os filhos da terra." Chazal nos ensinam que ninguém dentro do qual a imagem de Deus repousa em sua totalidade infunde temor sobre os animais ", e nenhum animal supera uma pessoa a menos que ele aparece para o animal como um outro animal" (151b Shabbat), que perdeu o seu "Tzelem Elokim , "imagem de Deus.  R 'sonho de Chaim era ir para Israel. Depois de receber sinais espirituais que aprovam o seu desejo, ele seguiu o seu caminho. Ele parou em Livorno (Itália), onde ele levantou grandes somas de dinheiro para a publicação de seus livros e institui uma yeshivá em Israel. Com 30 seguidores, ele chegou em Israel, quatro dias antes de Rosh Hashaná 5402 (1742) e se estabeleceram em Acco. R 'Chaim e seus alunos passou Yom Kippur na caverna de Elias, o Profeta, no Monte Carmelo (Haifa), onde todos sentiram um grande senso de santidade e testemunhou vendo uma grande luz no local onde segundo a tradição Elias costumava rezar. O feriado de Purim foi gasto em Tzfat e Miron, onde uma grande parte do tempo foi gasto estudando o santo Zohar. Mais tarde, mudou-se para viver em Pki'in por alguns meses. No dia 15 de Ellul 5402 (1742) R 'Chaim finalmente chegou a Jerusalém com o seu grupo. Ele imediatamente estabeleceu uma yeshivá chamado 'Knesset Yisrael' e segundo yeshivah secreto para o estudo da Cabala. Um de seus novos alunos foi rabino Chaim Yosef David Azulay (o Chida), que na época tinha apenas 18 anos de idade.

 

O rabino Chaim ben Atar foi de 47, quando ele partiu o mundo. Ele foi enterrado fora dos muros da Cidade Velha de Jerusalém, no Monte das Oliveiras. Antes da "Guerra dos Seis Dias", em 1967, os jordanianos tinha controle sobre o cemitério onde R 'Chaim foi sepultado, eles destruíram muitas pedras do túmulo e abriu uma nova estrada. Quando o tractor tocou o túmulo de R 'Chaim, ele virou de cabeça para baixo eo motorista foi morto. Eles tentaram uma segunda vez e, novamente, o trator virou de cabeça para baixo eo motorista foi morto. Alguém tentou usar um martelo, ele virou-se em si mesmo e que ele foi morto também. O túmulo foi deixado intacto. 

 

 

°Itzchak Luria - Arizal HaKadosh ( O Santo)

(Arca do Arizal Sinagoga. Enquanto Luria, o "Leão", deu o tradicional sistema completo da Cabala. Maimonides, o maior do judaísmo racionalista, é chamado de "Great Eagle", ambos são imagens tiradas do Merkabah visão de Ezequiel, Através de seus ensinamentos )

Luria nasceu em 1534 em Jerusalém no que é hoje o Museu Old Yishuv Court a um pai Ashkenazi, Shlomoh, e uma sefardita mãe.

 

Sefer HaKavanot U'Ma'aseh Nissim de Arizal registra que seu pai de um dia Luria, seu pai permaneceu no Beth kneset sozinho, estudando, quando Eliyahu HaNavi apareceu para ele e disse: "Eu fui enviado a você pelo Todo-Poderoso para trazer-lhe notícias de que sua santa esposa conceberá e dará à luz um filho, e que você deve chamá-lo de Yitschac. Ele começará a livrar a Israel dos Klipot [cascas, forças do mal]. Através dele, inúmeras almas receberão seu tikkun. Ele também está destinada a revelar muitos escondidos mistérios na Torá e para expor sobre o Zohar. Sua fama se espalhará por todo o mundo. Tome cuidado, portanto, que você não circuncidá-lo antes de eu vir a ser o Sandak que segura a criança durante o Brit Milá cerimônia , seu pai aguardou durante todo o dia da Brit de seu filho Eliahu Hanavi e ele não apareceu , até que os convidados estavam impacientes sem entender porque Rabi Shlomoh estava suplicando a H' , e do nada ele vira a todos e diz : - Podemos começar ! . Eliahu Hanavi estava lá na Brit de Arizal HaKadosh.

 

Ainda criança, Luria perdeu o pai, e foi criado por seu tio materno rico Mordechai Frances, um agricultor-imposto fora do Cairo, Egito. Seu tio colocou-o sob os melhores professores judaicas, incluindo o líder erudito rabínico David ibn Zimra.  Luria mostrou-se um estudante diligente da literatura rabínica e sob a orientação de um outro tio, o rabino Bezalel Ashkenazi (mais conhecido como o autor da shittah Mekubetzet), tornou-se proficiente em que ramo do saber judaico.

 

Na idade de quinze anos, ele se casou com uma prima e, sendo amplamente previsto financeiramente, ele foi capaz de continuar seus estudos. Embora ele inicialmente pode ter perseguiu uma carreira no negócio, ele logo se transformou em ascetismo e misticismo. Em torno da idade de vinte e dois anos, tornou-se absortos no estudo do Zohar (uma obra importante da Kabbalah que recentemente tinha sido impresso pela primeira vez) e adotou a vida de um recluso. Retirando-se para as margens do Nilo durante sete anos, ele se isolou em uma casa isolada, entregando-se inteiramente à meditação. Ele visitou a sua família apenas no Shabat. Mas mesmo em casa, ele não disse uma palavra, nem mesmo para sua esposa. Quando era absolutamente necessário que ele dissesse alguma coisa, ele diria que com o menor número de palavras possíveis,  e, em seguida, apenas em hebraico. Hassidismo acredita que ele teve entrevistas frequentes com o profeta Elias por esta vida ascética, e foi iniciado em doutrinas sublimes por ele .

 

 

 

°Rabino Isaías Horovitz -Selá HaKadosh  ( O Santo )

 

 

Isaías Horovitz nasceu em Praga em torno de 1565. Seu primeiro professor foi seu pai, Avraham ben Shabtai Sheftel Horowitz, um estudioso e autor notável, e um discípulo de Moisés Isserles (Rema). Horowitz estudou com Meir Lublin e Joshua Falk. Ele se casou com Chaya, filha de Abraão Moul, de Viena, e foi um filantropo rico e ativo, apoiando o estudo da Torá, especialmente em Jerusalém. Em 1590, em Lublin, ele participou de uma reunião do Conselho de quatro países, e sua assinatura está em um decreto que condena a compra de posições rabínicas. Em 1602, foi nomeado chefe do Beit Din, na Áustria, e em 1606 foi nomeado rabino de Frankfurt em Main. Em 1614, depois de servir como rabino em cidades proeminentes na Europa, ele deixou Frankfurt-após a revolta Fettmilch e assumiu a posição de prestígio do rabino-chefe de Praga. Em 1621, após a morte de sua esposa, ele mudou-se para a Palestina, foi nomeado rabino da comunidade Ashkenazic em Jerusalém, e se casou com Chava, filha de R. Eleazar. Em 1625, ele foi seqüestrado e preso, juntamente com 15 outros rabinos judeus e estudiosos, pelo Pasha (Ibn Faruh) e mantidos como reféns. Depois de 1626, Horowitz mudou-se para Tzfat, outrora casa de Kabbalah, e mais tarde morreu em Tiberiades em 24 de março de 1630 (Nissan 11, 5390 no calendário hebraico).

 

Em suas muitas cabalísticos, homilética e haláchicas obras, ele ressaltou a alegria em cada ação, e como se deve converter a inclinação para o mal em bem, dois conceitos que influenciaram o pensamento judeu até o século XVIII, e influenciou grandemente o desenvolvimento da Chassidic movimento.

 

Descendentes famosos de Isaías Horowitz incluído Yaakov Yitzchak de Lublin, (Yaakov Yitzchak Horowitz; hebraico: יעקב יצחק הורוביץ), conhecido como "O Chozeh de Lublin" (hebraico: החוזה מלובלין, O Vidente de Lublin), a proeminente família Billiczer Rabínico da Szerencs , a Hungria ea família Dym de rabinos e líderes comunais da Galiléia.

 

Rabi Yaacov-Yitzhak Horowitz - O VIDENTE DE LUBLIN (1745-1815)

Seus primeiros anos

O RabiYaacov-Yitzhak Horowitz nasceu em 1745, em uma aldeia perto de Tarnigrod, na Polônia em Szcebrzeszyn, na Seu pai foi o rabino Avraham Eliezer Halevi (descendente do Shela HaKadosh).

Sua grandeza
Aprendeu Torá de seu avô, o rabino Zvi Hirsch - Rabi Zhulkva, e do rabino Shmuel Shmelke de Nicholsburg - que dizem tê-lo inspirado e que assim tornou-se seguidor e começou a estudar com o Maguid de Mezrich. Apesar de sua pouca idade, já figurava com destaque entre os discípulos do Maguid, que correu a dizer para seus seguidores que veio a si uma "alma que descia à Terra desde o tempo dos profetas."
Dizem que os pupilos do Maguid se perguntavam o que havia de tão especial sobre este jovem, que o Maguid dizia ser de tão grande alma.

Como o Baal Shem Tov, ele cresceu só. Talvez tenha sido sua infância solitária o que mais tarde o levaria a abraçar o recém-fundado e vibrante movimento chassídico, cuja mensagem central baseava-se no amor, júbilo e companheirismo. Ele chegou ao movimento na qualidade de aluno, mas logo se tornaria um de seus maiores mestres. Diferentemente da maioria dos demais Rebes, ele não fundou dinastia própria: seus discípulos se tornaram líderes por mérito próprio.

Sabemos que ele foi uma criança brilhante e extraordinária. Descobriu seu dom de visão quando ainda era muito jovem. Aquilo era, para ele, um estorvo, e pedia a D’us que o livrasse daquele dom. Mas suas preces não foram atendidas.
Desde a mais tenra idade, tinha uma ligação especial com o Divino. Com três anos, já sabia todas as orações do serviço matinal de cor. E como fizera o Baal Shem Tov, muitos anos antes, metia-se na floresta para buscar D’us e com Ele falar. Costumava fugir da escola, sendo sempre repreendido pelo professor. Um dia, o Melamed conseguiu segui-lo, sem que ele o visse, pela floresta, para descobrir o que aquela criança lá fazia, todos os dias. Para sua surpresa, ouviu o menino bradar: “Shemá Israel, Hashem é nosso D’us, Hashem é Um”. E, a partir daquele dia, nunca mais o repreendeu. Mas o pai do menino continuava intrigado com seu comportamento. “Por que você desperdiça seu tempo na floresta?”, perguntou ao filho. O garotinho de três anos lhe respondeu: “Estou procurando D’us”. “Mas D’us não está em todas as partes?”, disse-lhe o pai. “E não é Ele o mesmo em todas as partes?”. Ao que a criança retrucou: “Ele, sim, é. Mas eu não sou”.

Quando ele tinha 14 anos, Yaacov-Yitzhak foi para a Yeshivá. Estudava com um renomado Talmudista, o Rabi Moshe- Hersh Meisels, e, mais tarde com o celebrado Mestre do Chassidismo, o Rabi Shmuel (Shmelke) HaLevi de Nikolsburgo. Na Yeshivá de Rabi Shmelke, o regime era extremamente rigoroso – estudo e oração, com pouquíssimo tempo para o restante. Mas, o jovem Yaacov-Yitzhak tinha permissão de seguir seu próprio rumo. Livre das restrições impostas aos demais alunos, ele levava uma existência marginal: passava grande parte de seu tempo sozinho, orando e jejuando. Esforçava-se para purificar sua mente através da Devekut – a vinculação ao Divino. Apesar do esforço de Yaacov-Yitzhak de ocultar seus dotes e erudição, o Rabi Shmelke, ele próprio possuidor de poderes sobrenaturais, percebeu seu verdadeiro valor. Certa vez disse algo acerca desse discípulo que pouquíssimos podem dizer de seus Mestres: “Quando ele ora, até mesmo os anjos no Firmamento dizem: Amén”.

O Milagreiro de Lublin

O que se sabe sobre o Chozé de Lublin? Sabe-se que ele era uma figura imponente e que inspirava respeito. Alto, robusto, belo e carismático, ele irradiava beleza interior, sabedoria e autoridade. Havia uma aura de realeza em torno de sua figura. Reinava entre seus alunos não apenas como Rebe, mas como verdadeiro príncipe. Raramente comia em público, no entanto, servia pessoalmente suas melhores iguarias aos mendigos e miseráveis.

Era um homem melancólico, muito triste, às vezes. E por lutar, como muitos outros Mestres do Chassidismo, contra a melancolia, ele tentava “bani-la”, rotulando-a de “o maior dos pecados”. Um de seus primeiros Mestres, o Rebe Shmelke, testemunhando sua luta contra a tristeza, mandou-o estudar com o Rabi Zusia de Anipoli, irmão do Rabi Elimelech de Lizhensk. Junto envia uma recomendação: “Tente transmitir-lhe um pouco de alegria”.

Qual a razão para a melancolia? Talvez uma decorrência de seus poderes visionários. Ele via muita dor e muito sofrimento – individual e coletivo – no passado, no presente e no futuro. Muitas pessoas iam vê-lo para relatar suas misérias e ansiedades e implorar por bênçãos e milagres. Dia após dia, ele ouvia suas dores e infortúnios. E como os amava com sinceridade, partilhava de seu sofrimento e os assumia como seus próprios. Certa vez observou: “Estranho, as pessoas chegam tristes e saem felizes... e eu fico com minha tristeza, que arde como uma bola de fogo”.

Para combater a melancolia, ele, assim como o Baal Shem Tov antes dele, dava tremenda ênfase ao conceito da exuberância e da celebração. Ele ensinava aos seus seguidores: “Prefiro um judeu simples que ore com alegria a um sábio que estude com tristeza”. Certa vez, ele perguntou: “Você sabe qual o verdadeiro pecado de nossos antepassados, no deserto? Não foi seu comportamento rebelde, mas sua constante melancolia”.

Faleceu com a idade de 70 anos • lugar de repouso: Lublin, Polónia
O Vidente de Lublin, foi vítima da tragédia justo em Simchat Torá. Em meio às festividades, ele caiu da janela do segundo andar.

Ele não conseguiu se recuperar da queda, ficando de cama durante 44 semanas.

 

Av. Genaro de Carvalho, 468, Recreio - Rio de Janeiro

Tel: 21- 2490-2427

 

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